O veneno que me deste para beber
Tornou-me robusta como Pégasus
Fez-me fiel a mim mesma como uma águia
Deu-me a tenacidade que faltava aos meus músculos
Fortaleceu minhas fibras.
A crueldade com que me trataste
Mais aguçou meus sentidos
Mais adocicou meus gestos
Mais sensibilizou minha alma
Aos que sofrem
Aos famintos
Aos que não tem berço de ouro
Aos que vivem como zumbis, nessa terra sem lei.
Compreendi tudo o que está além da dor...
A tortura requintada que me infligiste
Fez-me ver a tua pequenez
Enxerguei-te translucidamente
Em toda a tua desmedida soberba
Em tua sabedoria congelada
Eu pude enfim compreender a tua fraqueza
A tua mascarada tristeza,
Coberta com inexorável manta puída,
Tecida pelos elogios dos miseráveis que te cercam.
Eu avistei o teu castelo abarrotado de vermes
Que à tua soleira vomitam bajulações
Adulações, venerações
A ponto tal
Que como um tolo
Crês mesmo que és Imortal!
POESIA PRA GENTE DE VERDADE Este é um espaço que me dei para escrever sobre o que sinto, vejo e o que estou aprendendo na vida. Um lugar pra expressar e registrar minhas impressões da vida e seus mistérios. Mantenha a mente e os olhos abertos para entrar neste meu universo e fique a vontade, entre, leia e deixe as emoções aflorarem livres em seu corpo e alma. Viver é bom! Não tenho grandes pretensões além de entrar no seu coração e ficar aí pra sempre. Isso é pedir muito?
domingo, 11 de dezembro de 2011
O mestre imortal
Marcadores:
Enedina Bentes,
imortal,
poesia
Local:
Manaus - AM, Brasil
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Profundo amiga... beijos
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